quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Quanto de mim são lágrimas?
Quanto de mim sorria?
Quanto de tudo de mim
Jogado pelos cantos
Qualquer sorte bastaria?

(ou moderno aspirador hidráulico modelo luxo XW 6,02 x 10²³ se encheria?)

Frações, inteiras porções,
Em potes de fracassos.
Uma poção diluída
E, da prateleira me fitam
Dois olhos extremamente cansados.

O que restará ao fim,
Se algo ainda vibra?
Rarefeita sombra,
Reflexo da luz
Que insiste em dizer vida.

Angela Gomes

6 comentários:

Iriene Borges disse...

Angela, esse é de arrepiar.

RAUL POUGH disse...

o poeta é um sofredor / sofre tão completamente / que não existiria poema / se a dor estivesse ausente

Anônimo disse...

Muito bacana

Anônimo disse...

Muito bacana

Anônimo disse...

gostei também!!!!!!!!

Anônimo disse...

O reflexo da luz,ainda reflecte vida,os potes estão vazios,e os olhos ainda são uma saída,olhar para bem longe,não é alternativa,olhar perto se vê a sombra, olhar o pó é que é Vida.