segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Techno Para Gisele Bündchen

vaca chique
da grife cubista
aquele andar na geometria
zigt bumpt
da perna paralela
seu coração de vinil alexander macqueen

sob o sol dos flashs
o olhar da mesma gansa
de quando fora ballet
asas voguevoguevoguevoguevoguevoguevoguevogue
que a brasa do brasil beija e bajula

a ida
e a vinda
a ida e a vinda
a vida não finda na passarela
ainda
na passarela sem flores
seu quadril de pistoleira

vogue vogue
que não come não dorme não senta não chora não fala não porta não curva não sim
não peca
não reza a alma [coisa fofa] em manequim 38
zigt bumpt
flaminga remix

seu espelho não encontra o de ninguém
seu espelho caindo
quebrolhos
no caos dos cacos
nossa cara
deselegante


Marcio Cido Santos

22 comentários:

Iriene Borges disse...

Entendo!
Mas discordo. Em termos estéticos ela espelha uma minoria, mas uma minoria que existe. ( mulheres muito magras, e algumas altas)
O erro está em fazer daquele padrão estético uma regra e uma meta.
O erro está em aceitarmos aquele padrão estético como "padrão".

E na minha opinião é um erro mirar em uma única pessoa visando quebrar um sistema.
Não precisamos de bodes expiatórios, precisamos de educação e consciência.
Desculpe, mas acho seu texto ofensivo e portanto inválido como protesto.

Iriene Borges disse...

E antes que alguém se manifeste, estou longe de ser magra e alta, mas muito mais longe de aceitar que se refiram a uma mulher como vaca, ainda que seja "vaca chique"
Em nenhum contexto...

Anônimo disse...

A Gisele representa o mercado de moda extremamente elitista, que dita as regras estéticas para a maioria das mulheres no mundo.
As bulímicas, as anoréxicas, sofrem com a não aceitação da aparência que apresentam, usando como modelo o mesmo padrão utilizado pelo mercado, que serve para vender e vender. Roupas de griffe, casacos com a pele dos animais em extinção (como parece ser o protesto no caso da foto).

Sim, a Gisele é um símbolo dessa superficialidade, é um símbolo de um padrão estético muito distante da realidade, mas seguido á risca.

Anônimo disse...

Parece música do Fausto Fawcett.

Anônimo disse...

isso me recorda de uma frase que li pela primeira vez na camiseta de um dos integrantes da banda los hermanos:

estética est ética

tanto em relação ao mundo fashion quanto ao poético
realmente não conheço a gisele, talvez muito poucos a conheçam, não conheço a maioria das celebridades criadas ou veiculadas pela mídia.
mas estou envolvido (quase invadido)diariamente pela "imagem" que querem vender.

E quanto essa imagem creio que temos direito á iconoclastia!

Anônimo disse...

Em relação á visão da estética corporal, da moda da beleza (ou o que é considerado ideologicamente beleza) creio que o conceito em voga no ocidente é extremamente machista, muito mais do que no Islã, onde as mulheres exibem o essencial para que haja um conhecimento entre seres humanos, os olhos.
No ocidente não basta a mulher ter caráter, amar verdadeiramente e ser honesta consigo e com seus sentimentos, mas além disso ela terá que estar de acordo com os padrões vigentes pré-estabelecidos do que seja ou não desejável, e por conseguinte, vendável. Um produto a ser consumido paulatinamente.

Iriene Borges disse...

E um texto nesses termos só faz contribuir com esse conceito de produto a ser consumido e descartado.
Antes de sair em defesa de anoréxicas e bulimicas é necessário estudar o assunto no âmbito da psiquiatria.
Para salvá-las poderiamos "eliminar" mulheres magras e altas, nas quais toda roupa cai bem, toda roupa serve. Eu começaria por aquelas que comem de tudo e muito, e nunca engordam. Odeio essas mulheres. Me parece que Gisele é uma dentre elas.
Quem sabe sabe a elite da moda sinta-se coagida e mude o padrão estético. Quem sabe assim eu até tenha que engordar uns quilos pra achar uma roupa que me sirva.
Independente disso a elite da moda que movimenta milhões a mata bichinhos pra produzir casacos, maquiagem, etc, vai continuar foemntando uma industria que emprega milhões de trabalhadores no mundo.
Talvez possamos dar um jeito nisso andando pelados.

Iriene Borges disse...

E caro senhor ANÔNIMO, para não ofender as vacas afirmo que sua mãe é uma mulher.
Talvez o senhor queira identificar-se para defendê-la dessa infâmia?!!
Sinta-se a vontade.
Caro senhor URBANÓIDE, para conhecer uma mulher pelos olhos é preciso que se olhe dentro deles.
Eu o convido a levar sua barba pra passear pelos paises islâmicos, onde o senhor pode tratar uma mulher da forma que quiser e se o senhor a arrastar pelos cabelos rua afora não terá problema algum, pois ela é sua propriedade.
Inclusive, o senhor pode lavar sua honra com sangue, mesmo que o senhor não tenha honra...

Anônimo disse...

óbvio, senhorita eco...

agora, o conhecimento acerca do Islã não pode ser obtido através dos meios de comunicação que dispomos, o mesmo ocorre em relação ás mulheres e quiçá em relação a qualquer assunto...

quanto á honra lhe afirmo: tê-la, já trás, em si, a satisfação!

Deus sabe mais e a Ele pertence a Reparação!

Iriene Borges disse...

De fato. Na mídia pouco se fala do tratamento dispensado à mulher no mundo islãmico, pq esse tratamento não fomenta a guerra. A questão é o poder econômico e não o direito da mulher, ou "os direitos humanos". De modo que se uma mulher é usada como mercadoria, ou condenada, por exemplo, a um estupro coletivo, para lavar a honra de uma familia não tem importância.
Se ela é obrigada a cobrir-se e esconder-se, se é impedida de educar-se, de expressar-se...isso também não tem a menor a importância para a mídia.
O fato é que não estamos nesse contexto islâmico.
E assim sendo, esse tipo de manifestação torna-se desrespeitoso e se não se pode censurar, deve ser ao menos combatido com um posicionamento mais incisivo por parte das mulheres. Afinal, detrás de uma mulher magrela e milionária que saltita pelas passarelas deve haver muitos homens ganhando rios de dinheiro, a despeito de bulimicas, anoréxicas e reprimidas que existam pelo mundo...

Anônimo disse...

Parece que avoz de eco está confusa em relação ao Islã e aos milenares costumes tribais ainda vigentes na África ou no Oriente.

Dizes que há liberdade no Ocidente?
Sim, a liberdade de uma mulher se adaptar ao gosto do homem que dita os padrões de moda e beleza. Essa pseudoliberdade existe e é incentivada. Todo o marketing da mídia é baseada no desejo incontido e todos os filmes americanos condicionam as mulheres a essa tal liberdade proporcionada por homens.

(Sabes não, que são as mulheres que educam os hoemens?)

Iriene Borges disse...

A voz de eco fala. O eco das mentiras não vão durar mais do que a voz. Não estou confusa. Estou informada. Procure em livrarias.

Não afirmei que há liberadade no ocidente. Onde escrevi isso? aponte por favor?

A liberdade na minha opinião é um estado de consciência que ainda não atingimos. Mas se compararmos ao mundo árabe, e à realidade de alguns paises africanos estamos em vantagem. Ao menos, nós mulheres, embora ainda tratadas como pedaço de carne, já sabemos que estamos muito acima disso.

Hj as mulheres ainda se dobram aos dogmas masculinos. Ainda ganhamos mesmo para fazer o mesmo trabalho, ainda somos mal vistas, por desfrutar da sexualidade, etc, etc. Mas se um "pedaço de carne", como Gisele Bundchen pode transitar entre imaginário machista e as esferas do poder, não tarda o dia em as sociedades voltarão a ser matriarcais.
Já somos maioria?
Não importa. Podemos fazer duas coisas ao mesmo tempo. E uma das coisas que certamente deixa os homens mais perplexos é o fato de que a puta e a santa ocupam o mesmo altar. São indissociáveis.

Iriene Borges disse...

A´liás não me surpreende que o senhor aponte a mulher como causa do "mal no mundo". Seria conveniente estudar a formação da familia e da sociedade desde os primódios para que o senhor entendesse o quão conveniente é afirmar que a "mulher educa o homem" que destrói a mulher que o gerou e educou e todo o mundo junto com ela. Blá blá blá

E foi Eva que convenceu Adão a comer o fruto da árvore do conhecimento e por isso foi expulso do paraiso. E a serpente (Oh, que gênero e esse?)...

Recomendo a leitura de " A ORIGEM DA FAMILIA, DA PROPRIEDADE PRIVADA E DO ESTADO DE FRIEDRICH ENGELS"

A psicanálise também ajuda a resolver problemas com "o feminino". Nesse caso além da leitura, umas sessões de terapia...


P.S.: a mulher é o príncipio gerador, o caos do qual se origina a ordem da criação.

Iriene Borges disse...

A´liás não me surpreende que o senhor aponte a mulher como causa do "mal no mundo". Seria conveniente estudar a formação da familia e da sociedade desde os primódios para que o senhor entendesse o quão conveniente é afirmar que a "mulher educa o homem" que destrói a mulher que o gerou e educou e todo o mundo junto com ela. Blá blá blá

E foi Eva que convenceu Adão a comer o fruto da árvore do conhecimento e por isso foi expulso do paraiso. E a serpente (Oh, que gênero e esse?)...

Recomendo a leitura de " A ORIGEM DA FAMILIA, DA PROPRIEDADE PRIVADA E DO ESTADO DE FRIEDRICH ENGELS"

A psicanálise também ajuda a resolver problemas com "o feminino". Nesse caso além da leitura, umas sessões de terapia...


P.S.: a mulher é o príncipio gerador, o caos do qual se origina a ordem da criação.

Iriene Borges disse...

A´liás não me surpreende que o senhor aponte a mulher como causa do "mal no mundo". Seria conveniente estudar a formação da familia e da sociedade desde os primódios para que o senhor entendesse o quão conveniente é afirmar que a "mulher educa o homem" que destrói a mulher que o gerou e educou e todo o mundo junto com ela. Blá blá blá

E foi Eva que convenceu Adão a comer o fruto da árvore do conhecimento e por isso foi expulso do paraiso. E a serpente (Oh, que gênero e esse?)...

Recomendo a leitura de " A ORIGEM DA FAMILIA, DA PROPRIEDADE PRIVADA E DO ESTADO DE FRIEDRICH ENGELS"

A psicanálise também ajuda a resolver problemas com "o feminino". Nesse caso além da leitura, umas sessões de terapia...


P.S.: a mulher é o príncipio gerador, o caos do qual se origina a ordem da criação.

Anônimo disse...

bom, a meu ver a origem do mal no mundo, neste contexto principalmente, não está no humano e sim, numa desinformação do humano em relação a si mesmo. Se essa desinformação é resultado de escolhas errôneas, ou criada propositadamente por interferência alheia, não tenho como afirmar, apesar de entender que um é consequencia do outro. Mas afirmo que a mídia é um instrumento dessa desinformação,e que ela torna-se uma influência subliminar, diário.

Anônimo disse...

Quanto á linguagem simbólica contida no Livro, lhe digo a princípio, que não é evah que representa o arquétipo femenino...

Anônimo disse...

mas vou me informar melhor em relação a todas essas infoemações e quem sabe voltemos a falar deste assunto uma próxima vez...

quanto á poesia digo que gostei.

gosto dessa linguagem pós-moderna.

e acho o fausto fawcet um de seus representantes legítimos...

Anônimo disse...

e para facilitar a compreensão destes meus depoimentos e resolver um entendimento difrente do que pretendi digo que a mídia outra vez mistura (propositadamente?) as informações entre o que determina o Islã e entre os costumes tribais milenares ainda vigentes na África ou no Oriente.

Iriene Borges disse...

Concordo que a mídia é uma merda. Mas é nossa criação. Espelho.

Iriene Borges disse...

Sim, sim, sim a serpente! Simbolo fálico e feminino?! Curioso não. Poderia ser uma harpia a criatura, mas era UMA SERPENTE.

SALÃO DOS RECUSADOS disse...

Gisele também será mãe um dia...é o ciclo daquilo que se denomina como vida... ela é um ser humano como todos nós...somos especiais...somos todos dádivas...
Tudo são poéticas visuais sonoras aqui... mesmo que em lacunas e em silêncios...nada mais é que um texto com rimas rappianas...e o que dizer sobre uma rosa que dedico agora a Gisele?...uma rosa é uma rosa é uma rosa.
"dedico este conto a Virginia Woolf".
ponto.
marcio a santos