segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Antipatias pessoais tornam-se odores pútridos a consumir o cérebro de inocentes educandos .

Como quer o professor, com suas roupas puídas e seu ar esquisito a  exalar  sentimento ocre e pesado de uma autoridade a qual já não mais lhe arma  a investidura .A índole autoritária de um saber encouraçado, agora não mais lhe cobre as vergonhas.Por traz do óculos não mais mira o firmamento , está cego no abismo de si mesmo  e mesmo assim , trôpego ,exige que o sigam pelo caminho dos desfiladeiros do conhecimento cultivado no cárcere da sala de aula .

Um tirano assassino do lazer o professor cobre de pranto o sorriso do corcel desimbestado da juventude .

O Trabalho de quebrar as pedras da ignorância liberta, mais o escravo do gozo quer se manter preso a escuridão das luzes das festas que o cegaram.Aquela escola que o Quasimodo de jaleco quer transformar num Campo de extermínio da preguiça mental, conquanto na verdade , para além daquela barata burocrática kafkiana, é um clube, onde vivem felizes os cegos de consciência na mais inimputável anomia.

O ácido da permissividade vai espraiando a corrosiva leniência , mas a fachada,a máscara burocrática se mantém de  pé.

A sala de aula uma pipeta com reagentes químicos instáveis na mão de um chimpanzé ;segue qual a saga de um roto jaleco a busca de um professor que saiba construir horizontes onde só encontra cristais quebrados , vidros cobertos de limo e quando encontra uma luz, ela só se mostrará um sol bem longe daquelas paredes , daquela porta sem trinco da cinzenta sala do pantagruélico saber desertor .Do cobarde professor que encolheu sob o pesado  jaleco que o sufoca.

A faminta necessidade de devorar o sol os corações só trouxeram tempestades em ímpetos de perpétuos presentes no signo da juventude .Almas livres voam até se estatelarem , enquanto voam voam até o sol, se sobreviverem aprenderam.Campos de trabalho mental forçado , salas de tortura , professores carrascos livrai-nos !Eles são o para -raio , a âncora ,o farol mas são apenas o papel das provas com símbolos indecifráveis ,o papel deixado no chão da sala ao gazearem a última aula.

O sabor do saber como hasabi  tempera a alma ,afasta as certezas que tranquilizam e nos fazem dormir depois das baladas.O aprendizado é árduo e a consciência um travesseiro de seixos .

Aquela caneta estourada não tinha mais como escrever mais um parágrafo que não fosse Adeus.


Wilson Roberto Nogueira 

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